Álcool ou Gasolina?
Se você tem um CARRO FLEX já se perguntou como saber quando é mais vantajoso abastecer com álcool ou gasolina?
O governo não vai intervir no mercado de álcool para conter a alta do preço do combustível. Caberá ao consumidor conter a escalada dos preços.
Com o aumento da frota de veículos com motores tipo flex (movidos a álcool ou gasolina), o consumidor agora tem a opção de comprar gasolina caso o preço do álcool não seja atrativo.
De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), o Brasil tem três milhões veículos flex e até 2013 o número deve saltar para 15 milhões, o que representará 52% do total da frota nacional, estimada em 29 milhões.
“O produtor do álcool, se não vender por um preço bom,
simplesmente vai perder mercado”, afirmou. “Nem eu vou usar álcool, se tiver um preço acima da gasolina”.
O presidente da Associação de Engenheiros Automotivos (AEA),
José Edson Parro, explica que não vale à pena abastecer com álcool quando o preço exceder 70% da gasolina.
Segundo ele, a conta é simples:
Ø Basta dividir o preço do litro álcool pelo o da gasolina.
Se resultado for menor que 0,70 o álcool é a melhor opção.
Se optar por usar os dois combustíveis, a melhor relação custo/benefício para um veículo flex seria utilizar 85% de gasolina e 15% de álcool.
Ø “Por exemplo, em um posto o litro do álcool custa R$ 1,82 e a
gasolina, R$ 2,40. Dividindo 1,82 por 2,40, o resultado é 0,758. Como foi maior que 0,70 a gasolina é a melhor opção”, exemplificou.
Para o presidente da AEA, em valores absolutos, o litro do
álcool é mais barato que o da gasolina, mas, por outro lado, o
combustível produzido a partir da cana-de-açúcar é 30% menos eficiente.
“Como a entressafra da cana-de-açúcar vai de janeiro a abril, é
bem provável que o preço do litro do álcool continue a subir nos
próximos meses”, previu Parro. “Mas se o consumidor exercer seu poder de pressão e deixar de usar álcool, a tendência é de queda de preços”.
O consultor técnico da Sociedade de Engenharia da Mobilidade,
Luso Ventura, alertou que a guerra de preços entre postos de
combustíveis pode deixar o consumidor mais vulnerável às ações das máfias de “combustíveis batizados”.
“Economizar é fundamental, mas preço muito baixo é forte
indicativo de adulteração”, destacou. “O motor começa a falhar, o consumo aumenta muito e o carro perde potência. Por isso, é sempre bom abastecer em um posto de confiança”.
Apesar de não estar disposto a intervir diretamente no mercado,
o governo analisa a possibilidade de criar mecanismos que diminuam a volatilidade do preço do combustível ao longo do ano. Nos meses de safra, o preço do álcool cai com o aumento da oferta e, na entressafra, sobe com a diminuição da produção. Entre as propostas está a criação de contratos de longo prazo no mercado interno, com a comercialização do combustível no mercado futuro.
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